terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tudo o que necessitava saber sobre a vida, aprendi-o no jardim de infância

Tudo o que necessitava saber sobre a vida, aprendi-o no jardim de Infância

Tudo o que devo mesmo saber para viver, o que fazer e como devo ser, aprendi-o com as minhas educadoras. A sabedoria não estava no cimo da montanha, no instituto, na universidade, mas ali, aos pés do escorrega, na areia. Estas são a coisa que aprendi:
Partilha tudo. Joga limpo. Não batas nas pessoas. Volta a por as coisas onde as encontraste. Limpa sempre o que sujaste. Não leves o que não é teu. Pede perdão quando magoas alguém. Lava as mãos antes de comer. As bolachinhas quentes e o leite frio são bons. Vive uma vida equilibrada; aprende e pensa, desenha, pinta, canta, baila, brinca e trabalha um pouco em cada dia.
Dorme a sesta todos as tardes.
Quando saíres para rua tem cuidado com o transito,
dá a mão aos adultos e não te afastes.
Continua atento ao maravilhoso. Recorda a pequena semente no vaso: as raízes descem, a planta sobe e ninguém sabe, realmente, como nem porquê, mas todos são assim. Os peixes de cores, os hamsters e os ratinhos, brancos e, mesmo a pequena semente do vaso, todos morrem. E nós também.
E então, lembra-te de umas primeiras palavras que aprendeste, a maior de todas: vê.
Tudo o que necessitava saber esta ali, algures. A regra de ouro: o amor e a higiene básica. A ecologia e apolítica, a igualdade e vida sã. Pega em qualquer destes princípios, tradu-los em termos de adultos sofisticados e aplica-os à tua vida familiar ao teu trabalho, ao teu país ou ao teu mundo, e manter-se-á verdadeiro, claro e firme.
 Pensa em qual melhor seria o mundo se todos - todo o mundo – comêssemos bolachinhas com leite todas as tardes e nos enroscássemos nas nossas mantas para dormir a sesta.
Ou se todos os governos tivessem como politica básica voltar sempre a pôr as coisas onde as encontraram e limpar tudo o que sujaram.


                                                                                                      Robert Fulghum

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